
165º aniversário de nascimento de Teixeira Gomes traz conferência a Portimão
16-05-25
A conferência “Teixeira Gomes - Arte e Diplomacia séc. XX-XXI” marcada para o dia 27 de maio, às 18h30, vai contar com Francisco Seixas da Costa e Luís Filipe Castro Mendes como oradores convidados.
A Casa Manuel Teixeira Gomes acolhe esta iniciativa cultural que se realiza no dia do aniversário de nascimento do patrono de Portimão, o ex-Presidente da República e reconhecido escritor, à qual se juntam dois outros prestigiados embaixadores de Portugal em diversos pontos do mundo, também autores e com uma vasta obra publicada.
Cento e sessenta e cinco anos após o nascimento deste ilustre portimonense, a experiência diplomática e cultural de Francisco Seixas da Costa e de Luís Filipe Castro Mendes vão ser as fontes de inspiração para compreender o passado e o presente em duas áreas distintas: a diplomacia e as artes.
O tema central será Manuel Teixeira Gomes, profundo conhecedor das artes e com intensa atividade diplomática, sobretudo em períodos marcantes da história. As consequências dramáticas da ascensão dos fascismos vão ser também abordadas nesta conferência que enaltece o percurso do ex-governante portimonense.
Sobre os conferencistas
Francisco Seixas da Costa nasceu em Vila Real, em 1948. Licenciou-se em Ciências Sociais e Políticas no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa.
Em 1975, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e, mais tarde, esteve nas embaixadas em Oslo (Noruega), Luanda (Angola) e Londres (Inglaterra). Entre 1995 e 2001, durante os governos de António Guterres, foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus.
De 2001 a 2013 foi, sucessivamente, embaixador nas Nações Unidas, na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), no Brasil, na França e, cumulativamente, junto da UNESCO, aposentando-se do serviço público nesse ano. Para além destas funções, foi diretor-executivo do Centro Norte-Sul, do Conselho da Europa, lecionou no Ensino Superior, manteve colunas na imprensa e foi comentador convidado na televisão em relação a temas internacionais.
Publicou também vários livros, dos quais se destaca o mais recente intitulado “Antes que me esqueça”. É consultor de diversas entidades, presidente do “Clube de Lisboa/Global Challenges”, autor do podcast “A Arte da Guerra” e assina o blog “Duas ou Três Coisas”.
Por sua vez, Luís Filipe Castro Mendes, nascido em 1950, diplomata de carreira, é um poeta e ficcionista português. Foi colaborador do “Diário de Lisboa-Juvenil”, tendo-se licenciado, mais tarde, em Direito pela Universidade de Lisboa.
Começou a sua atividade política militante antes do 25 de Abril e, dois anos mais tarde, após a Revolução da Liberdade, iniciou a sua carreira diplomática. Foi cônsul-geral no Rio de Janeiro (Brasil), embaixador de Portugal em Budapeste (Hungria), Nova Deli (Índia), UNESCO-Paris e junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo, assumindo as funções de Ministro da Cultura, entre 2016 e 2018.
Enquanto autor, publicou o seu primeiro livro, “Recados”, em 1983, seguindo-se “Areias Escuras” (1984), “Seis Elegias e Outros Poemas” (1985), “A Ilha dos Mortos” (1991), “O Jogo de Fazer Versos” (1994). Entre as suas publicações destacam-se ainda “Os Dias Inventados” (2001), “Lendas da Índia” (2011), “A Misericórdia dos Mercados” (2014), “Voltar” (2021) e “As Manhãs que não conheces” (2025). Conta ainda com poesia publicada no Brasil e obras traduzidas em alemão e francês.
Foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia Teixeira de Pascoaes, em 2021, pelo conjunto da sua obra, distinção a que se juntam os prémios de poesia do Pen Clube, D. Diniz, da Fundação Casa de Mateus, e António Quadros, da Fundação António Quadros, recebidos anteriormente.